A advogada e influenciadora Gizelly Bicalho é conhecida por ser um furacão, e não é mentira! Ela passou pelo BBB e deixou uma marca na história do programa. Uma jogadora que se jogou com tudo e não teve medo de ser quem é, Gizelly conversou com a Revista Danz e contou um pouco sobre como anda a vida, os planos para o futuro e relembrou a passagem pelo reality. Confere só!
1 – Quem era a Gizelly antes e quem é a Gizelly depois do BBB20?
Acho que foi dividido entre uma menina inocente, que achava que era esperta, entre uma mulher que passou por muita coisa, que apanhou da vida e que teve que aprender a ter inteligência emocional, e hoje sim é bem mais esperta que aquela de 2020.
2 – Seus fãs te chamavam de furacão e você mesma se intitulou assim algumas vezes dentro da casa. Faria algo diferente?
Esse apelido vem de antes, em 2011, 2010 que começou esse apelido. Furacão porque eu sou realmente um furacão de emoções, de sentimentos, que fala muito rápido, e vai do 8 ao 80. E aí, na seletiva do BBB eles perguntam qual apelido a gente quer ser chamado e aí eu falei: “Ah, esses aqui são meus apelidos que as pessoas mais usam”, e aí eles acharam furacão mais legal, até de puxar isso lá dentro.
E sobre fazer diferente, pra te falar a verdade, eu não tenho como falar que faria diferente porque eu não assisti ao programa, nunca quis assistir. Eu tenho depressão há muitos anos, então a depressão são coisas do passado, então se eu ficar voltando lá, “ai se eu fizesse isso, se eu fizesse aquilo”… Eu faço diferente na vida, coisas que eu não concordo, com atitudes que tomei lá, eu não repito e não repeti mais. Mas falar que faria diferente é muito difícil, porque já tá feito.
3 – Qual sua maior conquista pós reality?
Acredito que seja… Foi uma realização pessoal, sempre quis viver nesse mundo de ser famosa, conhecida, ter fãs. Acho que os fãs foram uma das minhas maiores conquistas, muitos estão comigo até hoje, temos um grupo juntos, a gente se fala sempre. Eles puxam minha orelha quando tem que puxar, estão comigo nos meus projetos. E, assim, a independência financeira também é inquestionável. Podem falar que dinheiro não é tudo, mas mudou a minha vida, consegui pagar as dívidas da minha mãe no banco, pude ver um futuro mais fácil pra minha vida. Tudo o que eu queria chegar em 15 anos, cheguei em 2 anos. Consegui fazer uma caminhada de independência financeira muito rápida por conta do programa.
Mas junto com o programa também vieram outras responsabilidades. Eu era uma menina anônima, que seguia pouquíssimos famosos, do nada você é conhecido por todo mundo. E como se comportar sendo uma pessoa conhecida? Eu não sabia, tive que aprender. Como ser famosa numa pandemia? A gente nunca tinha vivido uma pandemia. Foi uma loucura que valeu a pena. E pro lado empresarial, minha maior conquista é a GB Hair, minha marca de produtos capilares, é um sonho que eu vejo todo dia crescendo mais e mais.
4 – Participaria de outro reality show?
Nossa, essa é a pergunta que vale um milhão e meio de reais! (risos) Todo mundo me pergunta isso. E depende do dia, eu respondo que sim, e depende do dia eu acho que não. Acho que BBB é igual a hora do parto, as mães depois que parem esquecem o quanto dói, e aí eu falei “como pós-bbb eu vou filmar e falar todos os sentimentos que tô sentindo agora pra eu nunca mais entrar nessa loucura”. Acho que é pra uma vez na vida só, mas aí eu lembro dos momentos bons também. É uma coisa que deixa a gente em dúvida.
5 – Qual foi a parte mais difícil do seu pós? Deixou de fazer algo por receio de hate?
O mais difícil foi lidar com ser conhecida na pandemia. Eu não conseguia assistir jornal porque tava tentando entender o que estava acontecendo na minha vida, que estava uma loucura. Fui traída por pessoas que eu não imaginava e só descobri depois. E sobre hate, eu saí muito mais amada do que odiada, mas se você lê 50 comentários positivos e um negativo, já te abala. E a gente já sai abalada mentalmente. Foi muito bom, mas muito sofrido. Mas eu precisei pra ser a pessoa que eu sou hoje.
Eu não só deixei de fazer coisas como deixo até hoje por conta de hater, isso tirou a minha espontaneidade. E, muitas eu falava uma coisa e as pessoas interpretavam outra. Já recebi notificação extrajudicial porque estava falando de uma novela, só comentando, sabe?
6 – Teve algum momento em que pensou em desistir? Pode dar um conselho para quem quer entrar no programa?
Eu já entrei no fundo do poço várias vezes depois que fiquei conhecida, na parte emocional, crise de pânico, depressão, ansiedade… Em 2020 eu não conseguia me olhar no espelho, nada tava bom, tudo tava feio. Eu lia comentários falando sobre a minha estética e absorvia só as coisas ruins. Cheguei a tomar 3x a dose que eu tinha que tomar pra passar o que eu estava sentindo.
Hoje eu tô uma pessoa mais fria, mais forte, mais corajosa. Eu não tenho mais medo das coisas. Pra quem vai entrar no reality: Esteja emocionalmente medicado e cuidado, porque você vai sair de lá abalado. E saiba quem você é, porque independente das coisas que as pessoas falarem, você sabe quem você é. Sejam vocês mesmos, porque ninguém aguenta mais personagem.
7 – O que mais gosta de fazer na vida offline?
Cozinhar, arrumar minha casa, estar com meus amigos de verdade, ser quem eu sou. Sem passar maquiagem, tomar minha cerveja, gosto de estar com crianças, assistir TV com meus amigos, ver série. Antes eu gostava muito de sair de casa, agora eu amo estar em casa.
Foto: Divulgação
Assessoria: Juliana Maddeira
