Capa Danz: Carol Borba

Mais de 5 milhões de inscritos no Youtube. Mais de 476 milhões de visualizações em vídeos. 2,4 milhões de seguidores no Instagram. Os números impressionantes se referem à empresária Carol Borba, uma das maiores treinadoras físicas do Brasil e que, também, foi eleita a maior influenciadora fitness de 2020 e 2021.

Em entrevista exclusiva à Danz, a influenciadora falou sobre como começou a trabalhar com a internet, sobre sua experiência com os treinos enquanto esteve grávida da pequena Diana, sobre motivação e, ainda, sobre como o aumento dos treinos em casa podem afetar o mercado fitness.

De maneira sincera, Carol bateu um papo muito bacana e descontraído que, agora, você pode conferir na íntegra!

 

1. Você é uma das maiores educadoras físicas do Brasil e, na internet, acumula milhares de seguidores. Como decidiu que queria trabalhar com esse mercado da internet?

Na verdade, não foi muito uma decisão. Aconteceu. Eu trabalhava fisicamente em academias, dava aula como personal, aula de ginástica. Sempre amei muito esse contato com o público, mas, em determinado momento, estava cansada e dando muitas aulas por dia, então, fui procurar uma coach de carreiras para me dar uma mentoria e me ajudar a mudar alguma coisa na forma de trabalhar porque eu não queria mudar de área.

No início, ela falou “Já que não quer mudar de área, você tem que fazer um canal no YouTube”. No começo, esse canal, para mim, era uma coisa muito distante. Eu não tinha facilidade com rede social e nem nada disso. Nos primeiros vídeos que eu gravei, eu detestei. Achava que eu estava feia, falando mal e não sabia conversar diante da câmera. Mas aí, eu persisti, continuei e levei bem a sério o que ela me falou, que foi: “Se você dá aula para 30 pessoas, você pode dar aula para 30 mil dentro de um canal do YouTube”.

2. Durante sua gestação da Diana, você compartilhou muitas dicas e, também, suas experiências. Acha que foi importante?

Com certeza, foi muito importante. Durante a gestação, percebi que tinham outras demandas, principalmente de mães porque, como eu não era mãe, nunca tinha sido gestante, eu não sabia que existia um mundo de exercício e de saúde para elas.

Descobri que tem muitas atividades específicas que podem ajudar na hora do parto, que podem ajudar na qualidade de vida durante e depois do parto. Então, descobri um mundo diferente que, antes, eu não conhecia e não sabia como abordar. Já dentro desse mundo, percebi que eu também poderia compartilhar isso com as pessoas. Então, muitas mães e futuras mães começaram a me seguir e a acompanhar por conta dessa nova rotina que eu estava estabelecendo pra mim. Até hoje, recebo muitos feedbacks positivos. Por exemplo, eu gravei alguns vídeos de fisioterapia pélvica e muitas mães enviaram mensagem falando que fez esse treino durante a gestação toda e o parto foi super rápido, estou me sentindo muito bem. Ou então falando sobre como o retorno às atividades foi mais fácil devido às minhas aulas. Compartilhar essas experiências me aproximou muito das minhas seguidoras mais antigas e também das novas. Me aproximou de pessoas que não me conheciam e que passaram a acompanhar meu trabalho por conta de uma ajuda que foi dada naquele momento. Era algo que estava fazendo bem pra mim e que também pude também semear, fazendo o bem pra outras pessoas.

3. A pandemia foi um período que afetou a todos. Acha que foi um momento em que as pessoas deixaram de procurar exercícios físicos e agora estão “correndo atrás do prejuízo”?

Nessa questão, tenho dois pontos: algumas pessoas deixaram de procurar exercício e outras passaram a procurar naquele momento. No auge da pandemia, quando estava todo mundo trancafiado em casa, ninguém conseguia sair. Algumas, se afundaram na comida, na ansiedade e, outras, passaram a buscar alternativas para sentirem menos esse efeito de estresse, ansiedade e etc.

Quem buscou essa mudança e conseguiram enxergar uma luz no fim do túnel, encontraram os exercícios na internet. Foi assim que muita gente me conheceu: fazendo lives diárias de treino. Hoje, recebo relatos de pessoas dizendo: “Olha, você foi minha salvação na pandemia, eu conquistei o meu melhor corpo, reconquistei saúde”.

Teve gente que deixou a saúde de lado, sim, mas também teve o outro lado, que foram pessoas que começaram a se exercitar nesse período. Isso aconteceu porque existem muitas opções de treino em casa e, na pandemia, tivemos a oportunidade de colocar isso em prática e ver como realmente funciona.

4. Ainda falando sobre esse período pandêmico, quando os treinos em casa passaram a ser uma realidade, você vê isso como algo bom ou ruim para os profissionais? Eles podem, de fato, substituir os treinos na academia?

Dependendo do objetivo, eles podem substituir, sim. Tranquilamente. Se o foco for hipertrofia muscular, por exemplo, dá para conseguir enquanto treina em casa, desde que ela tenha pesos para dar a sobrecarga necessária e ir evoluindo. Só que isso também acaba sendo difícil, né? Aparelhos e equipamentos. Por isso que, em alguns casos, recorrer a uma academia é a melhor opção.

Mas quando se busca qualidade de vida, emagrecimento, definição muscular, treinar em casa é uma opção válida e dá muito resultado, às vezes, até mais do que treinar na academia, porque isso também envolve outras questões, como comprar roupa, ter tempo… Para alguns, pode ser uma rotina muito puxada e sobra só 15, 20 minutos.

Fazer exercícios em casa é uma alternativa muito positiva porque, em um dia corrido, você consegue manter a constância, e é isso que faz toda a diferença. Então, não acho que isso prejudica de forma alguma, muito pelo contrário! Abrir o leque fez com que muitos profissionais que estavam atuando somente em âmbito físico enxergassem novas oportunidades.

5. Para finalizar essa entrevista, o que você diria para quem deseja começar uma vida fit?

Sempre digo que as pessoas ficam buscando motivação. “Ah, eu quero começar, mas não tenho motivação alguma, não tenho incentivo”. O incentivo vem de dentro de cada um. A motivação necessária está dentro de você! Aliás, ela só vai vir quando começarem a surgir os primeiros resultados. Conforme você for se olhando no espelho e vendo que melhorou, que seu corpo mudou, percebendo suas capacidades físicas melhorarem, conforme você for ficando mais animado, mais ágil, mais flexível, mais disposto… Conforme tudo isso for acontecendo, você vai perceber que não quer mais perder isso, não quer voltar a ser do jeito que era.

Então, a motivação vem de dentro de você! Não vai descer ninguém dos céus para te motivar. Acredite, é só começar. Comece. Fica um tempo. Tenha constância. Os resultados vão te motivar a continuar.

 

Capa: Revista Danz

Assessoria: Ariprensa

Foto: Antonio Neto

 

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