Mães de crianças autistas: quais as dificuldades enfrentadas por elas?

Existem milhares de problemas e preconceitos que são enfrentados diariamente por mães solos e essas questões dobram de tamanho quando formos pensar na situação de mães solos, que também cuidam de crianças autistas – esse é o caso de Sol Meneghini, influencer e nutricionista, mãe do Dudu.

Apesar de ser um caso específico, estima-se que a ausência paterna já é o caso de mais de 56.931 famílias no Brasil inteiro. Sol conta que desde que se separou, ela tem cuidado integralmente de seu filho. “Sou responsável pela criação e educação dele, tanto quanto na dedicação do tempo”, desabafa.

A nutricionista revela que em função do TEA (Transtorno do Espectro Autista), a rotina dos dois é bastante conturbada, com diversos acompanhamentos profissionais. Fono, psicóloga, terapeuta e outros especialistas acabam se fazendo necessários. “Quando ele finaliza as terapias, temos uma rotina normal, mas é um pouco cansativo. Minha logística funciona com a dele, até mesmo quando trabalho fora.”

Mas os desafios não acabam aí. Sol, como nutricionista, diz que o autismo também impacta na alimentação de seu filho, que tem várias restrições. “Eu que preparo tudo – do plano alimentar dele até o preparo do alimento.”, conta. “Ele não gosta muito de queijo, e hoje em dia até aceita bem os alimentos, mas já tiveram épocas difíceis em que ele tomava vitamina de banana todo dia e não comia mais nada.”

Crianças autistas x alimentação: a seletividade alimentar

Seletividade alimentar é um assunto delicado e uma queixa bastante frequente em famílias com filhos com autismo. Para as pessoas dentro do espectro, essa dificuldade com a alimentação é comum, em função da interferência direta dos estímulos sensoriais. “Isso pode incluir a recusa por certos tipos de alimentos, um repertório restrito ou até mesmo uma preferência exclusiva por apenas um tipo de alimento”, explica a especialista.

Por mais que essa característica não seja exclusiva de autistas, a seletividade alimentar pode atingir as crianças com autismo com muito mais intensidade do que atinge crianças típicas. A nutricionista conta que o problema pode acabar tornando-se um problema a longo prazo se for ignorada. “Sabemos da importância de uma alimentação rica em nutrientes e vitaminas para o desenvolvimento saudável da criança”, conta.

Crianças com autismo são realmente seletivas e rigorosas com o que comem e este comportamento cria grandes problemas na dieta da criança. A orientação fundamental para as mães ou pais que cuidam dos seus filhos sozinhos ou não é que vão introduzindo os alimentos aos poucos, mas que não desistam “Procurem formas diferentes de apresentação e preparação destes alimentos isso ajudará bastante”, aconselha.

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