Dr. Pedro Antunes aponta benefícios, riscos e detalha procedimento em pessoas da terceira idade
O ator Stênio Garcia, de 91 anos, chocou o público ao surgir de visual novo após diversos procedimentos estéticos. Nas redes sociais, não faltaram reações criticando a repaginada, mesmo que ele esteja se sentindo bem e, segundo o próprio, 15 anos mais jovem. Pedro Antunes, especialista em harmonização facial, explica detalhes sobre o procedimento em idosos, aponta benefícios, riscos e ainda destaca quais são os preferidos de quem já está na faixa dos 60+.
“Não há limite de idade para realizar a harmonização facial. Na verdade, o estado de saúde do indivíduo é o que mais importa. É preciso ter uma abordagem diferente porque as mudanças que ocorrem com a pele ao longo do tempo, afetam nossa estrutura de maneira diferente. Mas, como em todos os casos, é importante que os idosos passem por uma avaliação médica completa e que leve em consideração sua condição, seu histórico e suas necessidades individuais”, explica.
Aos 91 anos, Stênio é a pessoa mais velha a fazer harmonização facial. O profissional aponta que, na faixa etária acima dos 60, os procedimentos mais procurados são aqueles que influenciam na flacidez: “O lifting facial e a estimulação de colágeno costumam ser bastante solicitados, assim como a combinação de algumas técnicas como preenchimentos, toxina botulínica e técnicas de melhoria da qualidade da pele. Juntas, abordam de maneira abrangente a perda de elasticidade da pele”, explica e acrescenta: “A ideia dos idosos realizarem a harmonização facial é restaurar o equilíbrio, proporção facial e simetria”.
Pedro foi o responsável por realizar procedimentos estéticos em celebridades como Dani Bananinha e a atriz Aoxi. Experiente, ele aponta que há riscos: “A idade avançada pode influenciar negativamente, mas não quer dizer que vá apresentar mais efeitos colaterais, já que a resposta a qualquer procedimento varia de pessoa para pessoa”, detalha. “Entretanto, pode haver uma maior fragilidade na pele, cicatrização e recuperação mais lenta e risco de interações medicamentosas, além de ter duração ligeiramente menor quando comparado à pacientes mais jovens. Isso ocorre devido às mudanças estruturais, uma vez que a pele já não é capaz de se adaptar 100%”, diz.
“Um grande benefício, sem dúvida, é o fortalecimento da autoestima e da confiança de cada um, o que afeta em diferentes aspectos, mas a harmonização facial em idosos também tem como ponto positivo a melhora da aparência visual, a restauração de características perdidas e também proporciona uma sensação de bem estar geral”, aponta sobre os benefícios.
O especialista finaliza reforçando os cuidados que precisam ser tomados: “Escolher um bom profissional é o principal, mas também indico que os pacientes optem por técnicas e produtos seguros. Ao escolher um especialista que tenha bom senso, o paciente terá facilidade de entender o que é melhor para si e também em qual quantidade. Com cautela, responsabilidade e respeito às dores do indivíduo, é possível realizar um bom trabalho e entregar um resultado satisfatório”, finaliza.