Ao falar a palavra ‘minimalismo’, naturalmente imaginamos algo clean, de cores neutras ou, quem sabe, uma sala branca e com poucos móveis. Porém, o minimalismo contempla mais do que apenas arte, moda ou decoração: também foi incorporado ao estilo de vida. Miguel Crispim, especialista em moda, lembra que o minimalismo é um movimento que surgiu após a segunda guerra mundial e usa elementos mínimos e básicos.
“Na moda minimalista, simplicidade é a palavra chave. Algumas características que destaco são os cortes básicos, cores neutras e uma menor quantidade de roupas em seu guarda-roupas, mas com qualidade impecáveis e de bastante estilo”, diz e acrescenta: “Roupas genderless combinam com esse estilo, mas tem outras boas opções como peças simples, de poucas cores e sem muitos detalhes. Invista em itens que seja possível mesclar com diferentes calças ou saias”.
Crispim cita nomes de alguns ícones fashion ou da arquitetura, como os designers Jil Sander, Issey Miyake e o arquiteto Steve Hermann, responsável por construir a casa mais minimalista já criada, na Califórnia: “O estilo minimalista baseia-se em diminuir consideravelmente o nível de consumo, adquirindo apenas o que é necessário para uma vida plena e harmônica”, explica Crispim, que atua há mais de 19 anos na indústria da moda. “Hoje em dia, as pessoas sentem prazer em comprar e compartilhar itens nas redes sociais em busca de likes. É comum vê-las comprando coisas que não precisam e isso é totalmente o contrário do minimalismo”.
Com carreira consolidada, Crispim diz que acredita e respeita todos os estilos de moda, mas que entende a proposta do minimalismo: “Veio para simplificar nossa vida, eliminando excessos e deixando o essencial. Ninguém precisa se tornar minimalista, basta consumir com consciência e buscar o equilíbrio entre sua satisfação pessoal e a sustentabilidade”, finaliza.